Meu peso chave é a morte.
Haverá precisão maior?
Pego tudo,
o que é julgado tolice
e o que não é,
e amontoo sobre um prato.
No outro repousa sempre ela,
a vasta escuridão da trajetória humana.
Nada lhe demove a gravidade,
nada lhe sacia ou vence.
O tempo a tudo encurva,
toda a forma se deforma.
E ela – a implacável juíza,
é quem grita o veredicto:
Isto vale!
Isto não vale!
Enquanto vai tecendo das mortalhas
o véu de um novo berço...
Comentarios