Cabe no pensamento toda a medida.
Tudo faz parte do meu mundo,
mesmo o que não se imagina, intui ou quer.
Ai, que canseira carregar nos ombros toda a possibilidade!
Que sufoco estas paredes,
esta cela exata,
que enfado o sem tamanho.
Cadeias de definições me enredam em seus laços.
Por favor, não me definam coisa alguma
por breve tempo.
Deixem fluir a coisa pura e virgem
através do meu espanto,
onde o mundo não é o que me dizem ser,
mas ele só,
e não o posso tocar.
O mar não é o mar
nem o sol é sol.
Tudo é novo
inteiramente indefinível,
absolutamente liberto.
O meu rosto não termina no meu corpo
o meu rosto não termina
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