Eu mesma inventei
esta língua que amordaça.
Quero parir diferente,
cansei de semelhantes.
Rastejo
enquanto os astros se deslocam.
Que é do meu sofrer?
A liberdade voa em anos luz,
andou milhões a Via-Láctea
enquanto balbucio.
Chega de minúcia,
meu eu que não se dobra
neste espaço curvo!
Ventre escuro que me retém,
escura terra que me veda as órbitas,
sufoca as narinas,
e me dará à luz num rio
que nunca é o mesmo..
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