Quando vejo a imensidão
se fazendo superfície
na turbulência contida
das águas na baía,
não é a superfície que me detém
mas as profundezas que a sustentam.
O berço côncavo
escuro e submerso
onde adormece o movimento
em calmaria.
O peso geocêntrico que ao mar amarra
o círculo concêntrico do meu peito em agonia:
eu, continente e conteúdo,
no meu corpo mudo que observa.
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