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Conjug’ação

Atualizado: 2 de dez. de 2023


Julia Craice na Unsplash - pássaro no telhado

Aqueles pássaros todos, no Céu, são minhas tristezas, finalmente libertas dos pensamentos mundanos... É o Espírito que me abre o poço das compreensões incompreendidas e perdidas na carne morta. É Ele que me alivia a dor e me afrouxa as cordas da minha nuca, arapuca dos meus dias que me enrijece. É Ele. Move minha mão a escrever, meu olho a ver, que sem Ele, ensandecida mente seria. Simples e mansamente acolhe meu corpo etéreo, eterno e sem mácula, não importando se o vejo, se sou grata ou não. Tudo é terno. Eterno. Esta mão é Ele! Algo em mim me sustenta em pé. Algo sustenta minhas mãos que algo sustentam. Vejo então que não sou o movimento, nem o sustentado, mas quem Ele os manifesta.


Quem pode deter o vento? Venta sobre os telhados suas verdades sopradas leve sobre o peso que cai. O peso fica e a leveza vai, e me toca com seus dedos de seda. Tudo é volátil. Pensamento. Cimento, amálgama, gama da alma. És Tu que acalmas meu turbulento sangue, e o transformas em calmaria. E a alma ria quando acontecia, e tece quando acontece... Em rios de águas mansas me transformas, onde passarinhos descem e me bebem, mitigando a sede que sequer lhe suspeitam de onde vem. És Tu quem me acalma a alma, nestas águas de passagem, onde eu rio, tu ris e ele ri.



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