Quando cheguei me assustei, chorei.
Mas sei, alguém me deu abrigo
me escondeu do perigo
me acalentou, me contou
do que o mundo tem -
mal ou bem - e me disseram
é tu que escolhe, te encolhe
porque tem raios e trovoadas
tombos e pancadas.
Ninguém me avisou porém que o bem
é perder ou ganhar neste mar de disputa
onde a luta nem sempre é igual
onde se fundem açúcar e sal
e se confundem.
Disto tudo chega já um eu medonho
encolhido, tristonho
que me encobriu de cerração.
Dispo o corpo e vou pro sonho,
morada do coração.
O tempo passa como fumaça
e me engas’go on!
Agora sei, vou partir
vi há pouco tempo um ter que ir
sem parir a eternidade
que tanto espero.
Porque jovem nunca acha
que é consigo esta acha de lenha dura
que perdura na aberração de morrer,
crer que tudo tem um fim. Sigo.
Prossigo mal-educado
proclamando aos 4 ventos:
- Cacilda Becker, não!
Viro modo bem-educado
Disfarçado e camuflado
De dizer PALAVRÃO.
AMO poesia !